sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Resgate a mente sem preconceito: Inclusão pela arte

Neste ano de 2015 iniciamos uma parceria com o Instituto Arco-Íris onde foram oferecidas oficinas de arte, informática, música e dança. Na oficina de pintura, Jean, está descobrindo seus talentos, pintando quadros. Compartilhou uma de suas obras com a irmã que mora em São Paulo, que ficou admirada e emocionada com seu trabalho de arte. Sua irmã publicou nas redes sociais, dividindo com os amigos a alegria de ver as conquistas do processo de recuperação de Jean.  

Jean em processo de criação na Oficina de Pintura

Com a repercussão do seu trabalho entre a rede de amigos de sua irmã, Jean se sentiu estimulado a compartilhar esta história aqui no Blog. Ele conta que uma dessas amigas ficou inspirada pelo quadro "A mulher colina" e escreveu também um poema:

"A mulher colina", obra de autoria de Jean

VISAGEM

Olhamos para o horizonte
E espantosamente
Nos deparamos com a Mulher Colina.
Ela repousa sua cabeça aquática.
Pensamentos sem fim.

Olhamos para o horizonte
E lá está a Mulher Colina.

A Mulher Colina também olha para o horizonte.
Mas seu horizonte é o infinito.

(Elaine Valeria)

sábado, 5 de dezembro de 2015

Projeto TRAJETOS CULTURAIS é um dos vencedores do Prêmio de Boas Práticas em Saúde



A 4ª Edição do Prêmio Boas Práticas em Saúde de Florianópolis reuniu mais de 300 pessoas no Centro de Eventos da UFSC, na sexta-feira (4). Durante o evento, foram apresentadas as melhores práticas em todas as categorias, além dos banners escolhidos para mesas de comentários.

O prêmio divulga as boas práticas educacionais desenvolvidas na Secretaria de Saúde (SMS) que estejam centradas na valorização do trabalho como fonte de conhecimento. Na cerimônia, essas experiências são apresentadas e os vencedores,  premiados com uma viagem, para que conheçam ações realizadas em municípios reconhecidos nacionalmente na área da saúde.

O tema deste ano foi “Intersetorialidade e trabalho em rede: caminhos para a integralidade”. O Prêmio Boas Práticas foi reconhecido pelo Ministério da Saúde no concurso InovaSUS do ano passado.

De acordo com o secretário de Saúde, Daniel Moutinho Junior, o principal objetivo do evento é a troca de experiências e informações para que as boas práticas e seus resultados possam ser disseminados em toda a rede. “Em cada peculiaridade local podem surgir práticas exitosas que contribuam para sanar ou minimizar dificuldades enfrentadas nas tarefas cotidianas.”

Neste ano, a premiação teve parceria do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde, Tribunal de Contas do Estado, Controladoria Geral da União, OAB/SC, Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Conselho Municipal de Saúde, Câmara Municipal, Ministério Público Federal, Ministério Público de Santa Catarina, Univali e UFSC. Todos mandaram representantes ao evento.


Confira os vencedores:


Categoria Atenção:

- Trajetos Culturais: Intersetorialidade e Saúde Mental pelos Caminhos da Arte – Edemir Firmino Nascimento, Francis Pacheco, Ionara Bernardi e Marion De Martino – CAPSad Ilha e CAPSad Continente.

Categoria Gestão:
 - Tecendo o fio da meada para a rede de atenção ao câncer no Sistema Único de Saúde – Dannielle Fernandes Godoi – Diretoria de Média e Alta Complexidade

Júri técnico:
- Tecendo o fio da meada para a rede de atenção ao câncer no Sistema Único de Saúde – Dannielle Fernandes Godoi – Diretoria de Média e Alta Complexidade


Fonte: http://www.pmf.sc.gov.br/noticias/index.php?pagina=notpagina&noti=15951







quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ponte Hercílio Luz

Projetada para durar por 30 anos a Ponte Hercílio Luz, hoje aos 89 anos, ainda demonstra contrastes à sua beleza. Apesar das suas rugas e aspecto envelhecido, a velha senhora inspira disputas, relações de amor e ódio. Manchetes dos jornais denunciam gastos exorbitantes no processo de restauração.
E o velho manezinho apenas contempla a distância o que um dia foi seu motivo de orgulho e que levou a ilha ao progresso.

A ponte foi foco de debates ao longo dos encontros do grupo do blog, o que nos permitiu discutir temas como corrupção, planejamento da cidade e a relação da ponte no cotidiano e história dos participantes do blog.

Paulo Lerina contribuiu com seu poema “Floripa” inspirado na cidade e sua ligação mais antiga. Abaixo segue seu texto:

FLORIPA
Paulo Lerina

Da minha janela
Aprecio o teu despertar
E teu mergulho
Nas incógnitas da noite
Assusta-me a morosidade
De teu fluir
Advinda da imobilidade
De teus planejadores
Preocupa-me o teu futuro
Afinal...
Teus heróis de bronze
Antes assíduos
Da praça XV
Subiram o morro
E viraram pedra
Tua simbólica ponte
Agora reduzida a suporte
De luzes natalinas
E lavadeira do dinheiro público
Treme
Ante a ameaça de um mergulho
Sem volta
E me pergunto,
Aonde vais assim
Fagueira e faceira
Siliconizada de aterros
Escondendo a idade?
Não importa
Vou contigo
Para relembrarmos os tempos
Em que fazíamos amor
Embalados pela brisa do mar
É Floripa...
O tempo passa
E em alguma esquina
A dama da eternidade
Já espera teu poeta
Para juntos erguer
Um derradeiro brinde
A vida
Partirei feliz
Estampando no rosto
O sorriso
Que só aqueles
Que tiveram o privilégio
De desfrutar teu amor
Sabem sorrir.




Ficamos na espera de maiores notícias que possam nos indicar o futuro da velha Hercílio Luz.

Enquanto isso Darci, o manezinho, nos ajuda a descontrair ao vislumbrarmos a ponte.


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

REFUGIADOS NO BRASIL

De acordo com o CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), até outubro de 2014, o Brasil recebeu 7.289 refugiados reconhecidos, de 81 nacionalidades distintas. O movimento deles pelo Brasil gerou discussões, noticias e estudos. Hoje são eles quem dizem e é só por uma palavra: obrigado!
Eles resolveram retratar o sentimento de gratidão através de uma música e um videoclipe gravados em São Paulo, onde contam porque saíram de seus países. A função do vídeo é explicar o que é um refugiado, quebrando barreiras e preconceitos existentes.

A produção do vídeo, que durou 10 meses, teve participação de mais de 50 refugiados de 12 países – como Síria, Nigéria e Congo – em todas as suas etapas, como composição da música, roteiro e edição de imagens.

No vídeo, os refugiados simulam sua chegada a São Paulo e falam sobre o que sofriam em sua terra natal, citando casos de perseguição e guerra. “O Brasil nos dá mais segurança. Nós somos muito mais felizes agora”, cantam. Ao final, eles agradecem a hospitalidade no país.

Confira o vídeo:


FONTE: http://nossacausa.com/refugiados-gravam-musica-para-agradecer-abrigo-no-brasil/

HAITI - Caetano Veloso e Gilberto Gil

Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for ver a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo...
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino de primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E ao ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

OS CAMINHOS DA IMIGRAÇÃO

Nos últimos encontros de Discussão do Blog Nossa Voz foi trazido a temática do Imigrantes/Refugiados, que estamos percebendo estarem cada vez mais presentes em alguns locais da cidade e mesmo em serviços de atendimento social como o Centro POP. Um dos questionamentos iniciais foi se a oferta de apoio a estes imigrantes não poderia concorrer com os mesmos recursos públicos disponíveis para as pessoas que estão vivendo em situação de rua, sem moradia.

Fomos aprofundando o debate e percebemos que, se podíamos notar a presença dos imigrantes no Centro POP, da Assistência Social, não percebíamos esta aqui em nosso CAPS AD.
Vários de nossos usuários já tiveram contatos com um ou outro imigrante, e o debate foi ficando interessante, ao mesmo tempo que fomos nos dando conta que pouco conhecíamos sobre eles e o que fazem por aqui.

Na busca de algumas informações sobre o fenômeno migratório que temos observado na cidade, fomos buscar dados na mídia para estimular o debate e propiciar mais entendimento.
Encontramos alguns dados interessantes:

Se os refugiados estão bastante espalhados pelo país, existem alguns locais em que tem se concentrado, como o Estado de São Paulo, que concentra 36% dos pedidos de refúgio, Acre (16%), Rio Grande do Sul (11%) e Paraná (7,5%).

No Acre, que é uma importante rota de acesso dos imigrantes ao Brasil, o número de estrangeiros é bastante significativo, ainda mais se tratando da pequena população deste estado.
Entre 2010 e 2014 o número de pedidos de refúgio no Brasil cresceu 2.131%, ou seja, subiu de 1.165 para 25.996, segundo informa Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça.


Porque vem ao Brasil?
“a maioria dos novos imigrantes vem por conta própria, ingressando de forma ilegal. Depois fazem pedido de refúgio, instrumento legal para um estrangeiro permanecer no Brasil, alegando perseguições políticas (caso Bangladesh e de Gâmbia) ou questões humanitárias (caso do Haiti, empobrecido mesmo antes do terremoto que o devastou, em janeiro de 2010).”
“Mas o maior motivo das migrações é econômico, sobretudo em relação a Gana, Senegal e República Dominicana; seus habitantes querem é fugir da falta de trabalho e de dinheiro”


A quem interessa este fluxo migratório?
Aos imigrantes, aos empresários quando encontram escassez de mão de obra brasileira?




Fontes de informação:




Onde buscar mais informações:


ACNUR – agência da ONU para refugiados

sexta-feira, 14 de agosto de 2015


O Instituto Arco-Íris, Organização da Sociedade Civil, com sede na Travessa Ratcliff no Centro de Florianópolis abre suas portas e nos convida para fazer parte de suas atividades. Com uma longa história em Santa Catarina o Arco-Íris desenvolve várias ações de promoção da saúde e cidadania, prevenção às DST/HIV/Aids e drogas. Vem se consolidando também como um espaço democrático de cultura e inclusão. Sua parceria com os Centros de Atenção Psicossocial de Florianópolis já vem de anos, e neste momento estamos ampliando ações e fortalecendo este vínculo para consolidar ainda sua vocação como Ponto de Cultura e Cidadania. Atualmente o Arco-Íris já oferece oficinas de Informática, Desenho, Violão e Dança. Em breve estaremos também frequentando este espaço com outras oficinas que devem incluir Artes visuais, Artesanato, Customização, dentre outras.
Você que desenvolve seu projeto terapêutico num dos Caps de Florianópolis é nosso convidado especial para incluir em suas atividades as oficinas do Instituto Arco-Íris. Informe-se com sua equipe de referência nos Caps!
Nos vemos no Arco-Íris!



Instituto Arco-Íris
Endereço: Travessa Ratclif, 56, Centro, Florianópolis - SC - Brasil
Próximo ao Terminal Urbano Cidade de Florianópolis

Arraiá 2015 Caps ad Continente


Foi um sucesso a festa Julina de confraternização que aconteceu no dia 16 de julho no Caps ad Continente.

Mais uma vez agradecemos os participantes e a todos que colaboraram para a realização desta festa inesquecível.

Não faltou guloseimas, alegria e a satisfação foi geral, não ficou nada a desejar.
Teve bingo, quadrilha e o emocionante casamento na Roça.

Recebemos nossos convidados do Caps ad Ilha, participantes do Grupo Trajetos Culturais, que vieram ao local e sentiram-se bem recebidos e deixaram vários elogios à nossa festa.









Ensaio da Quadrilha Julina

Grandioso Bingo

Cavaleiros cumprimentam as Damas na Quadrilha
Com nossos visitantes do Caps ad Ilha

Casamento na Roça

Nossos agradecimentos pela linda festa!








sexta-feira, 10 de julho de 2015

O ARRAIÁ DO CAPS ESTÁ CHEGANDO



Está chegando o dia para o Arraiá mais esperado dessas redondezas!
No dia 16/07/2015 a partir das 13:30h teremos nossa tradicional Festa Julina, com Casamento na Roça, Quadrinha, Bingo festivo e muitas guloseimas!

Não percam! 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Você tem fome de quê?

Necessidades todos temos, qual a sua?



COMIDA
Arnaldo Antunes


Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...

A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...

A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte...

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida
Como a vida quer...

A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Pra aliviar a dor...

A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...

Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...

Link: http://www.vagalume.com.br/titas/comida.html#ixzz3eq4KWbOq



Ter contato com nossas necessidades e o que nos motiva a buscar a mudança é tema do Grupo Motivacional, que é realizado às Quintas-feiras das 10:30 às 11:30.

Curiosidade sobre Abraham Maslow e a sua conhecida Pirâmide das Necessidades:

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6nsAL/maslow-as-necessidades-humanas-basicas


Pirâmide das Necessidades de Maslow

Experimente preencher a sua e conheça mais sobre suas motivações!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Márcio, vigilante e amigo do CAPS

Hoje nossa postagem homenageia um grande amigo e profissional que trabalhou durante 4 anos no nosso CAPS e que com certeza fará muita falta aqui conosco. Estamos falando do Marcio, vigilante, que está se despedindo para assumir outro posto de trabalho e assim ter mais tempo para acompanhar os passos de sua filha que nasceu ha poucos meses.

Sentiremos saudades da roda de chimarrão que ele fazia, contando causos, conversando com todos. Mais do que um profissional competente da segurança víamos também um amigo e parceiro. Agradecemos por ter emprestado o ouvido para nossos desabafos. Mesmo sendo calmo nos passava uma sensação de segurança e profissionalismo.

Desejamos muita felicidade, paz e sucesso no seu novo posto de trabalho, que continue sendo essa pessoa maravilhosa que é. Esses são os votos de seus companheiros do CAPS ad Continente. Nosso muito obrigado! Boa sorte nesta nova jornada!


É NÓIS!
Caps ad Continente

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O Talento e Coragem das Ruas

Do encontro entre uma moradora de rua, um professor de violão e um cabeleireiro no centro de Florianópolis nasce uma amizade ligada pela música. O repertório varia de clássicos da MPB ao rock.
Reportagem publicada na página online do Diário Catarinense de 27/05/2015



Era uma noite fria e chuvosa em Florianópolis quando o violonista,
arranjador e compositor Wagner Segura ouviu uma voz saída da calçada.
Era um timbre feminino.
— O senhor é professor de música?
— Sou.
— Se eu cantar o senhor me acompanha?
— Depende. O que você quer cantar?
— Noites Cariocas.

Foto: Diorgenes Pandini/Agencia RBS















A mulher estava sob um plástico estaqueado entre um
pedaço de papelão e um carrinho de supermercado.
Para o instrumentista, referência no ensino do choro, samba e música
brasileira em Florianópolis, chegava ao fim um extenso dia de trabalho.
Para a moradora de rua começava mais uma longa noite ao relento.
Para os dois, se iniciava uma amizade cuja pauta é musical.
Assim tem sido desde que a moradora de rua Olga Emily Montanhini,
42 anos, abordou o professor.

Emily é mãe, mas perdeu na justiça a guarda dos filhos.
É avó, mas não conheceu o neto.
Nascida em Campinas (SP), vive há cerca de dez em Florianópolis.
Cotidiano diluído em fragmentos de mundos.
Às vezes, sem expectativa de reparar laços despedaçados pelo uso de drogas.
Vício que começou aos 15 anos.
Em outras, reveladora de um desejo terno de rever familiares que
tentaram fazer que ela saísse das ruas.
Dona de um repertório eclético — Elis Regina, Chico Buarque,
Rita Lee, Cassia Eller, John Lennon, Janis Joplin —, Emily é também
boa em fazer amizades. Tem outros amigos, como o cabeleireiro Jefferson Neiva,
dono de um salão de beleza próximo, e onde vez que outra, Emily
sobe para tomar um banho, cortar o cabelo, pegar um café.

Foto: Diorgenes Pandini/Agencia RBS















Conversar com Emily costuma ser surpreendente.
— Por que cantas?
— Porque me encanta. Porque encanta-me. Porque encanta.

Florianópolis possui cerca de 400 moradores de rua
Emily é personagem da realidade das ruas da Capital.
Voz que dá voz às outras 25 mulheres entre os 400 moradores que
ocupam calçadas, marquises, viadutos.
Número entre os 50 mil em situação de rua do país.
Gente que só será oficialmente contada no próximo censo nacional do IBGE, em 2020.

Foto: Diorgenes Pandini/Agencia RBS















Emily é cadastrada no Serviço de Abordagem Social da prefeitura.
A assistente social Irma Remor explica que várias possibilidades foram
oferecidas para que ela saísse das ruas. Mas ela não quis.
— Não podemos fazer uma internação compulsória.
Pode ser um paradoxo, mas temos casos em que isso gera um
desencontro da pessoa consigo mesma e ao que a nossos olhos seria bom,
gera tristezas e inconformidades na pessoa.

DIÁRIO CATARINENSE
angela.bastos@diario.com.br

sexta-feira, 8 de maio de 2015

GRUPO FALANDO DE SENTIMENTOS

Esse grupo acontece no Caps-ad Continente nas terças-feiras pela manhã das 9:30 às 11:00 horas. 
Tem por objetivo falar sobre os sentimentos,  dando espaço para falar das situações de vida e como lidar melhor com as dificuldades, frustrações, espontaniedade, alegria.  Nas discussões entre os participantes do grupo,  cada um fala de si buscando compreender e elaborar essas situações. 

O grupo tem como facilitadores os Psicólogos Edemir e Clarissa e a estagiária de Psicologia Ana Clara.

sexta-feira, 27 de março de 2015

AGENDA CULTURAL

Inaugura hoje a Agenda Cultural de nosso Blog, com dicas de eventos, exposições, mostras que podem ser frequentadas gratuitamente pelos nossos  leitores e toda a comunidade.

Temos como sugestões:

Exposição do ARTISTA PLÁSTICO LUCIANO MARTINS, no teatro do CIC na sala Lindolfo Bell (durante todo o dia).

 Também no CIC a sala de Cinema em parceria com a Unisul de quinta à domingo às 20:00 horas, disponibiliza vários filmes gratuitamente.

Na Biblioteca Central da UFSC,  podemos ter acesso a filmes, documentários, vídeos. Para ter acesso ao acervo basta fazer um cadastro na biblioteca, podendo inclusive reservar uma sala para fazer a projeção. A Biblioteca Central funciona das 07:30 às 21:00 horas.




sexta-feira, 6 de março de 2015

Um dia do Projeto Terapêutico do Luis Fernando

Iniciamos hoje com uma proposta de apresentar as atividades do CAPS através do olhar de seus usuários. 
Desta forma pretendemos levar nossos leitores a acompanhar a rotina do tratamento ambulatorial realizado neste dispositivo de saúde, e que visa ampliar a autonomia e melhorar a qualidade de vida de seus frequentadores.

Segue o relato do Luis:

"Nas quartas feiras, tenho projeto no CAPS AD Continente apenas no período da tarde. Às 13:30 horas inicia-se a atividade do grupo de Qualidade de Vida. Esta oficina é elaborada e ministrada pelas profissionais Cássia, Juliana e Viviane e Cristiane e  destina-se a troca de conhecimentos sobre práticas e atitudes saudáveis de nosso dia a dia, visando que bons hábitos façam com que a pessoa se sinta melhor. Utilizando técnicas e o bom humor para lidar com situações de estresse. (Atividade esta que foi reconhecida pela SMS de Florianópolis no Prêmio de Boas Práticas em Saúde no ano de 2014). 

Às 14:30 horas tem a Vacinação, é a oportunidade dada pelos profissionais da área de enfermagem do CAPS para que nós, adultos, possamos revisar e atualizar nossa carteirinha de vacinas como Hepatite, Tríplice Viral e Tétano. 

Já às 15:30 horas é a vez da Oficina de Relaxamento onde aplicam-se técnicas durante 1 hora, para que  se busque um bem estar de paz, equilíbrio físico e mental. São aplicados inicialmente exercícios de relaxamento muscular e articular, e posteriormente, através da música, obtêm-se um bem estar mental, fator importante para o nosso tratamento."





Luis Fernando 

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

UM MÊS DE TROCAS: A experiência de duas residentes de psicologia do HU no Caps Ad

Durante o mês de fevereiro tivemos a alegria de conviver com as psicólogas Gessyka e Mariane, do programa de residência multiprofissional do Hospital Universitário da UFSC. A passagem delas pelo CAPS AD faz parte do estágio realizado na rede municipal de saúde de Florianópolis. 

Quando chegaram ao CAPS foram entrevistadas pelo nosso Blog e puderam falar um pouco de suas expectativas em relação ao serviço e seus usuários. Abaixo você pode conferir a entrevista nos vídeos:





Agora, no último dia dessa experiência, as psicólogas foram novamente entrevistadas e abaixo respondem algumas perguntas sobre o que perceberam em sua passagem por aqui, leia:

QUAL A ATIVIDADE QUE VOCÊS MAIS GOSTARAM AQUI NO CAPS?
Todas as atividades foram bastante interessantes, como o ateliê e os trajetos culturais, mas nossas atividades preferidas foram a assembléia dos usuários e o grupo motivacional. Gostamos da assembléia por ser um espaço dos usuários para reivindicar e sugerir melhorias, assim como discutir questões referentes ao dia-a-dia do CAPS, sendo um momento importante de valorização dos saberes e opiniões dos mesmos. Já no grupo motivacional, a interação entre os técnicos e usuários foi o que mais chamou nossa atenção, além de ser um espaço que proporciona fortalecimento para a continuidade do tratamento por meio das trocas de experiências.

O TRABALHO DE VOCÊS NO HU É IGUAL AO REALIZADO AQUI?
Não, o trabalho da psicologia no hospital está mais relacionado ao momento do adoecimento e às reações que podem surgir na família e no paciente durante o período de internação. Diferente do atendimento integrado e de longo prazo oferecido nos CAPS.

VOCÊS ACHAVAM QUE ENCONTRARIAM AQUI UM “BANDO DE LOUCOS”?
Não. Mas com certeza saímos com uma visão diferenciada quanto aos usuários daqui.

VOCÊS PRETENDEM DESENVOLVER ALGUM TRABALHO COM A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA? 
Nós gostaríamos sim de trabalhar com essa população, principalmente após a experiência que tivemos aqui. E, mesmo que isso não aconteça, com certeza valorizaremos os profissionais que se dedicam a esse trabalho.

O QUE APRENDERAM NO CAPS QUE LEVARÃO PARA O HU?
Além da parte técnica (funcionamento do serviço, trabalhos em grupos, fluxos de rede) vivenciamos muitas coisas que levaremos não só para a prática profissional, mas também para a vida pessoal.  Percebemos como é intensa a capacidade de superação de cada um bem como a solidariedade e companheirismo entre os usuários.

Para finalizar deixaram esta mensagem a todos:

Gostaríamos de aproveitar, também, para agradecer a equipe técnica e os usuários do CAPS pelo acolhimento, paciência e carinho com que todos nos receberam. Com certeza, foi um mês de grande aprendizado mútuo e boas experiências! Levaremos um pouquinho de cada um de vocês conosco! Obrigada!!! Gessyka e Mariane

Nós do CAPS AD Continente também deixamos aqui nosso agradecimento pelas trocas que vocês nos proporcionaram, deixam aqui conosco um pouco de vocês! Desejamos sucesso em suas trajetórias!! 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

TRAJETOS CULTURAIS em ação

Nas últimas semanas o grupo dos TRAJETOS CULTURAIS está percorrendo a cidade e curtindo diversos espaços culturais. Abaixo segue uma amostra destas incríveis atividades de integração e inserção por meio da cultura:


Parque Ecológico Municipal do Córrego Grande - 22 de janeiro

O parque também conhecido como Horto Florestal está localizado no bairro Córrego Grande, nas proximidades da UFSC. Em sua área de 22 hectares conta com dois lagos, várias trilhas, pista de caminhada em meio à vegetação, parque infantil, um anfiteatro, duas quadras de esportes e espaço para piqueniques.

Pudemos apreciar uma grande variedade de plantas nativas e, para a alegria de todos, o parque apresenta uma fauna composta por animais domesticados como patos, coelhos e galinhas, além de muitos pássaros como os biguás, garças, araquãs, papagaios, tucanos, gralhas e pica-pau. Outros animais também presentes são sagüis, gambás, jabutis, cágados e jacarés-do-papo-amarelo.

Tivemos uma tarde agradável com direito a fechamento com piquenique!





Parque Ecológico do Córrego Grande 
Endereço: Rua João Pio Duarte Silva, 535, Córrego Grande
Telefone: (48) 3234-3522
Visitação: todos os dias, das 07h às 19h
Gratuito


Fundação BADESC - 29 de janeiro

Em nossa visita à Fundação BADESC fomos recebidos calorosamente pela Margaret Waterkemper, diretora de artes e eventos, e pelos mediadores Bruno e Carolina.
Visitamos às exposições “Nome aos bois”, de Luciano Boletti, e "Reminiscências Urbanas", de Maíra Ishida.
Para finalizar o grupo foi convidado a produzir coletivamente uma obra a partir das inspirações das exposições visitadas, o resultado pode ser conferido abaixo:







Fundação BADESC
Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 216 - Centro
Telefone: 3224-8846
Visitação: de segunda à sexta, das 12h às 19h
Todas as atividades são Gratuitas


Museu de Arqueologia da UFSC / MARQUE - 05 de fevereiro

A arqueóloga Luciana nos acompanhou na visita guiada pela exposição "Arqueologia em questão: percorrendo o litoral catarinense", conhecendo um pouco sobre a história dos primeiros habitantes do nosso litoral.







MARQUE - Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC
Endereço: Campus Trindade, ao lado do CFH
Telefone: 3721-9325
Visitação: Horário de verão, de segunda à quinta-feira das 13:30h às 18:30h
Gratuito