segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Festa de Confraternização Caps Ad Continente 2017

Festa de Confraternização Caps Ad Continente 2017

No dia 13 dezembro de 2017, quarta-feira, a equipe do Caps Ad Continente se reuniu com pacientes e familiares para realizar uma retrospectiva, foi um momento de descontração entre pacientes e técnicos. Através de fotos, exibidas com auxílio de um Data Show, foi possível relembrar momentos, lugares conhecidos, trajetos realizados, rever fotos de eventos, trocar experiências, conhecimentos adquiridos, tropeços, dificuldades, ganhos e perdas ao longo do caminho. 

Damos boas risadas, com muita música, nos emocionamos e recordamos momentos de superação. Ao longo da manhã, o grupo de música fez uma apresentação, onde familiares puderam juntos aos pacientes e técnicos do serviço, prestigiar e cantar músicas natalinas, acompanhados por instrumentos musicais. 

Foi uma oportunidade que possibilitou a aproximação entre familiares, amigos, técnicos e pacientes.
Ao meio dia foi servido o almoço festivo e na sequência ocorreu um bingo com produtos produzidos pelos próprios pacientes nas oficinas terapêuticas de artesanato e customização e algumas doações dos técnicos do serviço.

Para finalizar, foi servido um saboroso lanche festivo.


   












sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Em clima de Natal e Ano Novo

O período natalino e de festas são momentos difíceis, para a maioria das pessoas, principalmente para as pessoas com dependência química, isso porque parte deles já rompeu seus vínculos familiares e sente forte a questão da solidão. Dessa forma, a confraternização de Natal pode ficar na lembrança como um alento, e amenizar este sofrimento.

Decorar a árvore com os enfeites natalinos é uma das ações que faz com que o espírito de Natal comece a nascer no fim de ano. Parece um processo simples, tirar a árvore que está encaixotada no armário o ano inteiro e ir distribuindo ao longo dos galhos as bolas coloridas, os anjinhos, a estrela e o pisca-pisca. O Caps Ad Continente, todos os anos promove a confecção da árvore e dos adereços de natal em conjunto, com pacientes e técnicos do serviço, sendo todos convidados a participar e a utilizar de sua criatividade.

Aos poucos, a cada bolinha colorida, a cada estrela pendurada, a árvore ganhou vida e isso somente aconteceu por conta do trabalho coletivo de todos. A equipe entende como uma oportunidade de interação, diversão e resgate da cultura natalina.

Além disso, em um clima menos informal, favorece para que os pacientes tenham uma sensação maior de acolhimento e se descontraiam de suas angústias e temores.


Que as comemorações do Natal sejam marcadas pelo desejo de um novo viver e de um novo caminhar que nos conduza a um só objetivo: semear o amor e a paz.









sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Preparação para Festas de Fim de Ano

Preparação para Festas de Fim de Ano

Falta pouco mais de um mês para o Natal, mas as lojas já estão a todo vapor anunciando itens de decoração e presentes para a data comemorativa mais aguardada do ano. É claro que o Caps Ad Continente, não pode ficar de fora dessa comemoração e, mesmo faltando ainda um tempinho para a noite do dia 24 de dezembro, já estamos iniciando um planejamento de uma árvore de natal e revitalizando nosso ambiente externo e interno. 

Utilizamos o espaço das oficinas de artesanato, para desenvolver e confeccionar de forma criativa nossa árvore de natal artesanal e com isso deixar a decoração para o final de ano com um toque todo especial.










terça-feira, 10 de outubro de 2017

Saúde Mental

Dia Mundial da Saúde Mental é comemorado no dia 10 de outubro.
Mas o que é mesmo Saúde Mental? O que é ter Saúde Mental? Quem tem Saúde Mental?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.

Sistema Único de Saúde (SUS)

A atenção em saúde mental é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), através de financiamento tripartite e de ações municipalizadas e organizadas por níveis de complexidade.

Como funciona a Rede de Cuidados em Saúde Mental?

Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas foi pactuada em julho de 2011, como parte das discussões de implantação do Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção integral em Hospitais Gerais. 

Desafios da Saúde Mental

Além de atender pessoas com transtornos mentais, estes espaços acolhem usuários de álcool, crack e outras drogas e estão espalhados pelo país, modificando a estrutura da assistência à saúde mental. E vêm substituindo progressivamente o modelo hospitalocêntrico e manicomial, de características excludentes, opressivas e reducionistas, na tentativa de construir um sistema de assistência orientado pelos princípios fundamentais do SUS (universalidade, equidade e integralidade).

Que essa data sirva de reflexão para analisarmos nossa postura, assumindo o compromisso de tratar as pessoas e não apenas algumas partes delas. 
Cuidar SIM, Excluir NÃO!

Referência

Disponível em:<https://pensesus.fiocruz.br/saude-mental>.
Acesso em: 10 out. de 2017.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Grupo da Caminhada

A importância das Atividades Físicas no tratamento da dependência química

O uso de drogas psicotrópicas é uma prática antiga, porém, o manejo e o padrão de uso atual são completamente diferentes da época de nossos ancestrais. Deixou de ser um uso com fins específicos para se tornar rotineiro, alterou fortemente seu padrão de uso e seus efeitos e resultados sociais. A dependência tem se mostrado um problema de saúde pública em todo mundo.  É notório observar, diferentes estágios na modelagem desse comportamento, assim como nas complicações decorrentes do uso de drogas, podendo ainda ser influenciado por fatores biológicos, psicológicos e sociais que devem ser considerados na elaboração dos cuidados terapêuticos. É necessária, para além das intervenções farmacológicas, a inclusão de estratégias comportamentais, sociais e laborais. (Scaduto e Barbieri, 2009).

Trajeto percorrido: 2,3km com duração: cerca de 40 minutos de caminhada.

O exercício físico tem sido proposto como ferramenta importante no tratamento da dependência de drogas lícitas e ilícitas, complementando abordagens psicoterapêuticas e farmacológicas tradicionais. Vale salientar que tal prática, representa um incremento significativo nas possibilidades para abordagem e tratamento, tornando-se alvo de interesse de pesquisadores e estudiosos da área, que buscam a compreensão das bases fisiológicas para sua inclusão terapêutica, com vistas à redução das alterações neuroquímicas, do desejo e da compulsão pelo uso (fissura), dos distúrbios do humor e da cognição, bem como dos níveis de estresse e das dificuldades para relacionamento social e afetivo decorrentes do uso de drogas. (Zschucke et al., 2012).
Dentro deste contexto, a atividade física trabalha diretamente no treinamento do autocontrole e do conhecimento em si, onde o individuo irá aprender a trabalhar e a identificar situações que o mobilizam na vida diária, a fim de evitar reações impulsivas, descontroladas, psicofísicas exageradas e o comportamento social inadequado e agressivo (MIALICK, FRACASSO E SAHD, 2010).
Nesta perspectiva, o Caps Ad Continente conta com um Grupo de Atividades Físicas 2x por semana.
Este grupo é realizado por 01 técnica de enfermagem e 01 enfermeira na quarta-feira pela manhã e por 01 técnica de enfermagem e 01 psicólogo na sexta-feira pela manhã.

Vale ressaltar que no grupo qualidade de vida, ofertado por este serviço às quartas-feiras, realiza-se uma avaliação prévia através da aplicação individual do questionário PARQ-adaptado, incluindo também avaliação antropométrica, pressão arterial, IMC e circunferência abdominal para avaliar risco cardiovascular.



Esse instrumento foi disponibilizado pela Profissional de Educação Física da Prefeitura Municipal de Florianópolis e tem como intuito ver a aptidão física para participar de atividades físicas leves a moderadas e os possíveis encaminhamentos para os que não estão aptos no momento.


Referências

MIALICK, E.S., FRACASSO. L., SAHD. S.M.P.V. A importância da pratica da atividade física como auxílio no processo de tratamento para a dependência química em pessoas de 18 a 35 anos. São Paulo, 2010.
Disponível em:< http://www.efdeportes.com/efd166/atividade-fisica-no-tratamento-de-dependentes-quimicos.htm >.
Acesso: 30 de jul.2017.

SCADUTO, V. Barbieri. O discurso sobre a adesão de adolescentes ao tratamento da dependência química em uma instituição de saúde pública. Ciência saúde coletiva, 14 (2) (2009), pp. 605-614.
Disponível em:< http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0101328916000196>.
Acesso: 30 de jul.2017.

ZSCHUCKE et al., 2012.Exercise and physical activity in the therapy of substance use disorders
Scientific World Journal, 2012 (2012), pp. 901741.
Acesso: 30 de jul.2017.
   









quinta-feira, 20 de julho de 2017

Compostagem


 Vale lembrar que, compostagem significa transformar (compostar) matéria orgânica, normalmente restos de alimentos (mas podem-se incluir também papéis, madeira, folhas, entre outros), em adubo.


Já o minhocário é diferente da composteira normal. Por ser realizado em espaços pequenos e fechados (normalmente caixas empilhadas), a ação das bactérias decompositoras seria muito devagar e por isso adequa-se esse ambiente para as minhocas, que passam a alimentar-se dos resíduos orgânicos transformando-os em adubo.  É uma ótima troca, na qual damos alimentos para as minhocas e em troca elas nos dão o adubo.
É importante salientar a parceria que foi desenvolvida entre Caps Ad Continente e o IFSC (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina), que disponibilizou dois bolsistas para dar suporte as atividades desenvolvidas com o projeto Minhocário e o Projeto Compostagem.
Os materiais utilizados no Grupo da Horta são produtos na sua grande maioria reciclados, ou reaproveitados, restos de telhas são baldeados para a construção de canteiros, as sementes e mudas são trazidas em grande parte pelos próprios pacientes e as ferramentas manuais são disponibilizadas pela Prefeitura Municipal de Florianópolis.  As hortaliças geralmente semeadas ou transplantadas em canteiros são as seguintes: Alface, Cenoura, Beterraba, Repolho, Couve, Espinafre, Temperos (cebolinha verde, salsa e manjerona) Rabanete, Chicória, Ervilha de vagem, Rúcula e Tomate Cereja. As plantas medicinais e aromáticas plantadas são: sálvia, hortelã, arruda, alfavaca, cavalinha-do-campo, losna, camomila, capim-limão, guaco, alecrim, manjericão, poejo e funcho.
O que é cultivado é dividido entre os participantes do grupo para que eles possam consumir junto de suas famílias. Lembrando ainda que as plantas medicinais e aromáticas plantadas são utilizadas para realização de chás no inverno principalmente, para serem saboreados nos grupos entre técnicos e pacientes.






quinta-feira, 6 de julho de 2017

Grupo da Horta-Caps Ad Continente



 Uma nova política de Saúde Mental, desencadeada a partir do processo de Reforma Psiquiátrica, vem sendo discutida e gradualmente implantada no cenário da Saúde no Brasil (SARACENO et al., 2001). Dentro do projeto geral está a proposta de criação de oficinas terapêuticas. Elas constituem-se em um importante espaço de tratamento, pois estimulam a capacidade de produção, de convivência e interação grupal.




As oficinas terapêuticas surgem num processo que visa restabelecer a cidadania da pessoa com transtornos mentais através da desconstrução do modelo asilar de atenção à saúde mental. Dessa forma, as oficinas passam a exercer papel primordial, tanto como elemento terapêutico quanto como promotoras de reinserção social, através de ações que envolvem o trabalho, a criação de um produto, a geração de renda e a autonomia do sujeito. Para isso, o usuário deve ser sujeito do processo, criar autonomia no pensar, ter capacidade de planejar o próprio trabalho e participar do processo de gestão. Dentro dessa perspectiva se faz necessário, respeitar e entender o sujeito/individuo como um todo, que possui uma história de vida, dentro de um contexto social dinâmico e complexo.



O Grupo da Horta foi criado no Caps Ad Continente, com a intenção de promover a busca pela integração dos pacientes com o serviço, bem como estimular o contato com a terra, envolver os pacientes no grupo, incentivar uma alimentação saudável, produzir produtos frescos e orgânicos, trabalhar a questão da sustentabilidade e da reciclagem, desenvolver a própria autonomia de plantar e colher, exercitar o trabalho em equipe e ser uma possibilidade de fonte de renda. Construção coletiva de um espaço, desenvolvendo a relação com os canteiros, e o aprendizado de noções básicas de ecologia. À produção se dá em uma horta de pequeno porte, com a confecção de canteiros, plantio, adubação, capina e colheita, para fins terapêuticos.



O Grupo foi retomado e reformulado há cerca de 02 anos, por três técnicas do Caps Ad Continente (Juliana, Rosani e Viviane) e vem mostrando resultados positivos na socialização dos pacientes. Anteriormente o espaço estava desativado, as técnicas perceberam como potencial o grupo e estimularam os pacientes na participação de retomar o espaço e produzir seu próprio alimento saudável.
Garantir alimentos saudáveis, nutritivos e saborosos mais baratos, previne e até cura doenças, educa, ocupa e, quando implantada com prazer, proporciona lazer e exercícios ao ar livre.  No mundo inteiro existe atualmente uma preocupação dos consumidores em relação a qualidade dos alimentos. Há uma conscientização de que muitos problemas de saúde poderão ser evitados se for consumido alimentos livres de resíduos químicos. Cresce, também, a consciência de que devemos praticar uma agricultura integrada com a natureza e que preserve os recursos naturais.

O cultivo orgânico adotado no Caps Ad Continente, é um sistema de produção agrícola ecológico e sustentável, baseado na preservação e no respeito a terra, ao meio ambiente e ao homem. Este sistema é centrado no ser humano e a base da sustentabilidade é o solo. Os princípios básicos da agricultura orgânica são utilizados no Grupo da Horta. Dentre estes se destacam: adubação orgânica (composto orgânico), utilização da composteira e do minhocário que o serviço também produz, plantio direto, manejo de pragas com produtos alternativos sem riscos ao meio ambiente. O cuidar da terra implica em molhar, adubar, plantar, preparar o canteiro, estercar, limpar e colher.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

3º FÓRUM DE DIREITOS HUMANOS E SAÚDE MENTAL
 DEMOCRACIA, SAÚDE MENTAL, VIOLAÇÃO DE DIREITOS: CONSEQUÊNCIAS HUMANAS.


 Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina, sediou, nos dias 28,29 e 30 de junho de 2017, o 3º Fórum Brasileiro de Direitos Humanos e Saúde Mental, organizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental – Abrasme e pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. O tema não poderia ser mais atuais e pertinentes: "DEMOCRACIA, SAÚDE MENTAL, VIOLAÇÃO DE DIREITOS: CONSEQUÊNCIAS HUMANAS". O objetivo central foi problematizar as violações de Direitos Humanos e a política de Saúde Mental que acontece em diferentes cenários do Brasil.

Crescimento Através do Trabalho em Equipe - Celebrando mais uma conquista

Trabalhar em equipe é ter várias pessoas diferentes lutando por um objetivo igual e comum. E para que o trabalho tenha bons resultados, é fundamental que cada um dos membros da equipe dê o seu melhor.  O Caps Ad Continente participou juntamente com o Caps Ad Ilha, da Feira da Economia Solidária, expondo materias produzidos nas oficinas dos serviços. Materias estes como: artesanato, roupas customizadas, cerâmica, Xilogravuras impressas em cartões postais, tecidos, produtos produzidos com materiais reciclados, retalhos e ou reutilizados, ecologicamente corretos com um apelo diferenciado à venda, levando em consideração a questão da preocupação ambiental, sendo todos produtos exclusivos.
A Feira da Economia Solidária trata-se de um espaço alternativo dedicado aos usuários, familiares e trabalhadores que produzem na lógica solidária, que privilegia o coletivo e promove a dignidade humana através da inclusão social pelo trabalho e a reabilitação psicossocial, com respeito à identidade e a forma de produzir. Tendo como objetivo, divulgar empreendimentos relacionados à Saúde Mental e diversidades de produtos da região, dentro da lógica da Economia Solidária. Os estandes são gratuitos, por se tratar de um espaço destinado à geração de renda aos usuários e reabilitação social.
A Feira aconteceu no Hall da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC – nos dias 28/06 a 30/06 das 8h às 18h.
Vale ressaltar a importância da atuação conjunta entre usuários, familiares e técnicos. Os presentes no evento expondo trabalhos e os que permaneceram nos serviços dando todo suporte para o bom andamento das atividades.
A frase que resume todo este acontecimento: A união faz a forca, juntos somos mais saúde mental.

Mais informações disponíveis em: http://www.direitoshumanos2017.abrasme.org.br


 










quinta-feira, 8 de junho de 2017

Grupo Customização - 08/06/2017

O Grupo de Customização realizado hoje, no Caps Ad Continente foi bem produtivo. O grupo foi sendo costurado ao longo da manhã. Trabalhamos com tapetes, retalhos, linhas, teve muita conversa regada á música relaxante e chás de amora e erva-cidreira, provenientes da horta do nosso serviço.


Contamos ainda com a participação da Residente de Psicologia Tamara, que remediou a conversa.
Hoje duas novas pacientes, iniciaram o grupo, em meio à conversa descobrimos que uma delas gosta de escrever poesias. Segue poesia que a mesma recitou durante o grupo.


Para finalizar a manhã, segue foto do trilho concluído na aula de hoje.




quinta-feira, 1 de junho de 2017

Audiência Pública trata sobre a luta antimanicomial e a necessidade de uma reforma psiquiátrica





Nesta segunda-feira dia 29 de maio, aconteceu no Plenarinho da Alesc, a Audiência Pública “Luta Antimanicomial: A Reforma Psiquiátrica ainda é necessária!”. Iniciativa do deputado Cezar Valduga, Presidente da Comissão de Legislação Participativa da Assembleia Legislativa, a audiência contou com a presença de representantes de entidades, movimentos sociais, gestores públicos, psicólogas(os), profissionais da área da saúde, estudantes e usuários da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Vale lembrar que, em 2017 o Brasil alcança 30 anos de luta por uma sociedade livre de manicômios. Este movimento foi – e ainda é – protagonizado por familiares, usuários, profissionais e militantes da saúde mental. Sendo que, o ápice da luta se deu com a promulgação da Lei nº 10.216 de 2001, que trata sobre a proteção e o direito da pessoa portadora de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. A lei impulsiona a luta pela reforma psiquiátrica no Brasil e tem como princípio a construção de uma rede substitutiva à hospitalização como sendo o principal recurso de atenção ao sofrimento psíquico severo e persistente; além de atribuir ao Estado a responsabilidade pelo desenvolvimento e pela efetivação das políticas e ações de tratamento.
Conforme Rosilene Brasil Alves, coordenadora Estadual de Saúde Mental um dos principais desafios vivenciados é fazer com que profissionais e gestores tomem conhecimento da história desta luta, pois somente assim é possível entender de fato qual a verdadeira razão da rede. Henrique Borges Tancredi Médico-psiquiatra e diretor do Hospital Santa Tereza, de São Pedro de Alcântara, um dos idealizadores do primeiro CAPs em Santa Catarina - a primeira iniciativa extra-hospitalar no estado - reitera que este momento é afirmativo quanto à Reforma Psiquiátrica nos seus preceitos, pois o cenário não se apresenta favorável. A reforma precisa ser efetivada em todos os sentidos, com a criação de novos CAPs e o fortalecimento da estrutura como um todo, segundo ele. Assim, entende-se que é preciso construir ações propositivas e afirmativas, fazendo um contraponto aos ataques à RAPS e criando um espaço para avançarmos em defesa dos serviços substitutivos. E esta luta precisa ser em conjunto!
Como encaminhamentos desta audiência podem ser citados: o fortalecimento das parcerias com universidades, movimentos sociais e parlamentares junto à Frente Pela Reforma Psiquiátrica e, principalmente, a produção de um Relatório a partir desta audiência. Este documento será propositivo à abertura imediata do CAPs 3 em Florianópolis; à exigência de que o Conselho Estadual de Saúde (CES) tome providências cabíveis no que se refere ao processo de desinstitucionalização do atendimento psiquiátrico em Santa Catarina; à destinação de recursos à RAPS; à fiscalização, via Frente Parlamentar Catarinense pela Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial e Defensoria Pública, quanto ao fechamento das instituições psiquiátricas; à  articulação da V Conferência Estadual de Saúde Mental. O relatório será publicizado nas mídias do CRP-12 em um link que possibilitará a alimentação com assuntos relacionados ao tema. 

Confiram também a reportagem feita pela Alesc: https://www.youtube.com/watch?v=WfY8LNAkM5c#action=share.